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Aprender a gestão de despesas na nuvem de forma desafiadora.

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Após tanto tempo, ainda não adotamos adequadamente as práticas de finops, automação e governança para evitar gastos desnecessários na computação em nuvem.

Imagem: JonPauling/DepositPhotos

A atração de vantagens empresariais inovadoras na computação em nuvem levou várias empresas a investir significativamente em soluções em nuvem nos últimos dez anos. Apesar desse investimento, muitas organizações ainda enfrentam problemas de custos ineficientes que resultam em perdas financeiras consideráveis. Mesmo com a implementação e aceitação de práticas financeiras operacionais (finops) destinadas a resolver esse problema, a questão persiste.

Muitas empresas desejam tomar decisões corretas, porém enfrentam dificuldades em avançar rapidamente ou em encontrar o talento necessário. Após migrarem para a nuvem nos últimos anos, muitas se veem sobrecarregadas com os desafios a serem superados para evitar desperdícios. Embora tenham adotado rapidamente o conceito de finops, perceberam que também precisavam lidar com questões comportamentais e de processo, uma vez que finops não é uma solução mágica que resolveria todos os problemas.

Um desafio contínuo

De acordo com a mais recente pesquisa State of the Cloud Strategy da HashiCorp, foi constatado que 91% dos participantes identificaram desperdício em seus investimentos em serviços de nuvem. Esta estatística é alarmante, especialmente considerando que 66% dessas empresas aumentaram seus gastos na nuvem no último ano. Apesar das tentativas de implementar estratégias como finops e outros métodos de gestão de custos, muitas organizações ainda precisam aprender com os erros cometidos na última década. Os principais motivos para o desperdício de recursos em nuvem incluem a falta de habilidades necessárias, a alocação excessiva de recursos e a presença de recursos inativos ou pouco utilizados.

A rápida implementação de tecnologias de nuvem tem ultrapassado o desenvolvimento das habilidades necessárias em muitas organizações, resultando em ineficiências na entrega, gestão e otimização de recursos na nuvem. Uma desculpa comum de quem gasta demais na computação em nuvem é a dificuldade em encontrar a assistência necessária para aproveitar ao máximo esses recursos. Muitos estão deixando de lidar com anos de problemas técnicos acumulados na nuvem, na esperança de que alguém ou alguma ferramenta possa resolver tudo. No entanto, isso é improvável de acontecer.

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Essencial para esse assunto é que várias empresas adotam uma estratégia de “prevenir é melhor do que remediar”, investindo mais em recursos de nuvem do que o necessário. Embora isso ajude a evitar problemas de desempenho e falhas por falta de recursos, acaba aumentando os custos consideravelmente. Os recursos que são alocados, mas não utilizados integralmente resultam em desperdício de dinheiro. Esses recursos não utilizados frequentemente passam despercebidos e continuam gerando despesas.

Muitas empresas ainda cometem o erro de gastar excessivamente na nuvem, apesar de saberem disso. Os provedores de nuvem também têm parte da responsabilidade, pois incentivam o uso excessivo sem ensinar aos clientes como otimizar os recursos adequadamente. Isso resulta frequentemente no superprovisionamento de recursos devido às recomendações dos provedores.

Ainda esperando a plena aceitação e implementação da tecnologia em nuvem.

A pesquisa destaca um aspecto crucial: A expertise na utilização da nuvem desempenha um papel fundamental na forma como as organizações administram seus custos relacionados à nuvem. As organizações altamente experientes relatam custos mais baixos, maior agilidade no mercado e benefícios mais significativos ao contar com profissionais qualificados na área de nuvem. De fato, 73% dessas organizações maduras aumentaram seus investimentos em nuvem, em comparação com 62% das organizações menos maduras, evidenciando uma ligação entre expertise e eficiência nos gastos com a nuvem.

As empresas precisam implementar uma estratégia abrangente para lidar com essas deficiências. É essencial preencher a lacuna de competências. As empresas devem dedicar recursos ao treinamento e desenvolvimento de seus funcionários, assegurando que tenham o conhecimento necessário para gerenciar e otimizar os recursos da nuvem de maneira eficiente. Investir no capital humano pode resultar em economias significativas de custos ao longo do tempo.

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É imprescindível seguir os princípios finops, que envolvem o monitoramento constante dos gastos na nuvem, ajustes nos orçamentos e otimização das cargas de trabalho para evitar desperdícios. Além disso, é essencial realizar auditorias financeiras e operacionais de forma regular, optando por auditores externos ao invés de confiar em autoavaliações pouco confiáveis.

As ferramentas automatizadas com inteligência artificial têm um papel importante em assegurar que os recursos sejam utilizados somente quando necessário, evitando gastos com recursos inativos.

Além disso, é fundamental ter uma estrutura sólida de governança de custos para administrar os custos na nuvem. Essa estrutura deve abranger políticas de alocação de recursos, supervisão do uso e maximização dos custos. A governança assegura a conformidade com as melhores práticas em toda a empresa e garante o alinhamento de todas as partes envolvidas.

Queremos adquirir conhecimento juntos?

É decepcionante que ainda precisemos aprender a executar essa tarefa de maneira adequada. O ano de 2020 quer de volta os problemas de gastos na nuvem. Não é a única pesquisa que observei evidenciando ineficiências de custo em larga escala, algo que também percebo pessoalmente.

Na última década, foram aprendidas importantes lições sobre ineficiências de custos na computação em nuvem. No entanto, a persistência desses problemas indica que muitas empresas ainda precisam melhorar sua gestão financeira na nuvem. Ao desenvolver habilidades, seguir os princípios finops de forma rigorosa, usar automação, implementar uma governança eficaz e realizar auditorias frequentes, as empresas podem transformar seus gastos em nuvem de um fardo financeiro em um recurso estratégico.

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